Ainda guardo cada detalhe de como nos conhecemos, uma mera brincadeira que me mudou por completo.
Os papéis que deixavas á porta de minha casa, assinados por ''flip'', tenho os mesmos aqui guardados...
Espreitava todos os momentos para ver se uma nova pista me deixavas até que te apanhei e nunca mais te consegui largar por completo.
O teu olhar, a tua timidez, a forma como mexias os lábios ao falar. Foi ai que acreditei que era possível amar um ser que me era completamente desconhecido.
Eras tão tu, tão meu.
Todas as noites antes de adormecer recordo-me de quando dormias comigo e me davas a mão até o sol nascer.
Eu bem te perguntava de como te tinhas interessado por uma pessoal tão banal como eu.
Tu respondias ''és mais que especial miúda'', e eu sentia-me dessa forma graças a ti.
Obrigada por nunca me teres feito desistir de mim própria, nem de nada que achasses que eu capaz de alcançar.
Tenho pena de teres seguido a tua vida sem mim, por um lado fico feliz porque sei que concretizaste um dos teus sonhos.
Acreditei nos ''para sempre'' que dizíamos um ao outro. Para mim será, nunca te esquecerei por mais que cada vez que me lembro do que vivemos desate a chorar.
Sinto-me ridícula ao escrever isto, mas por outro lado aliviada, estou tão assim assim. Sinto-me uma criança a escrever no seu diário embora tenha 19.
Tenho a certeza que nunca irás ler estas palavras, acho que nem preciso de te dizer nada, tu bem sentias.
Apesar de teres fugido e não me teres dado qualquer tipo justificação, ainda hoje fecho os olhos e desejo-te tudo de melhor.
Espero que estejas feliz com ela, e com o pequenote que está para chegar. Espero que seja como o pai, tirando uma pitada de quebra-corações.
''p.s: amo-te''
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